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Briga entre André Marinho e Tomé Abduch acaba em porrada no Pânico



Uma discussão ao vivo no Pânico, da rádio Jovem Pan, descambou para a baixaria nesta terça-feira (11). André Marinho, integrante do programa, trocou diversas ofensas e acusações com o convidado Tomé Abduch, comentarista político conhecido por recentemente ter feito parte de O Grande Debate, da CNN Brasil. Os dois acabaram se levantando e trocando socos e pontapés antes que fossem separados pela produção.


As rusgas se intensificaram após cerca de 1 hora e 49 minutos da atração, quando Abduch pediu um direito de resposta relativo a uma participação recente no Pânico: "No final do último programa, eu não tive a oportunidade de falar algumas coisas. O Marinho fez um comentário que eu gostaria de ter a oportunidade de dizer [meu lado]. Não é treta. Vou falar do Tomé, não do Marinho. Ele falou: 'Tomé, fala da casa do [João] Doria'".

Após se defender das acusações, Marinho insistiu no tema, mostrando uma suposta escritura de contrato em seu celular: "Ele é o maior crítico do cara e ainda desfruta e se lambuza do conforto de uma casa?". "Eu pago aluguel, a casa tá alugada, rapaz!", justificou o convidado.


Na sequência, o clima esquentou e Abduch fez uma crítica à família do humorista, que é filho de Paulo Marinho, empresário e primeiro suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Paulo foi um grande apoiador de Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais em 2018, mas posteriormente rompeu com o governo federal.

"Cresce e tira a fralda! Você quer me atacar na vida pessoal? Você tem telhado de vidro e eu não tenho. Eu tenho um pai íntegro, que trabalhou a vida inteira. Você tem um pai que é envolvido com Renan Calheiros, com Zé Dirceu, com Doria, você tem uma pessoa que traiu o presidente [Jair] Bolsonaro porque não recebeu a boquinha que queria!", exclamou.


"Se eu sou um fraldinha, você é o fraudinha, uma absoluta fraude", disse Marinho, que ainda alegou que Tomé é "odiado, desprezado pela militância, uma pessoa que não tem mais nenhuma credibilidade". Em outro momento, Tomé bradou: "Você é moleque!". A produção do Pânico entrou no clima de baixaria e inseriu diversas vinhetas do Programa do Ratinho, com Rogério Morgado imitando o apresentador e "narrando" a briga.


O apresentador Emílio Surita chegou a tentar desconversar, mostrando uma plaquinha que indicava "seis dias sem treta" na atração, em vão. Tomé pediu novamente oportunidade para se defender, e Marinho atacou: "Emílio, você vai dar palanque para esse irrelevante, que precisa de mim para ter relevância, e dá nessa porra! Depois ficam me cobrando: 'Mais humor, menos política'. Fico ouvindo desaforo aqui do Chico Bento?".


A briga se intensificou quando os dois abordaram o apoio ao deputado federal Arthur Lira (PP-AL) na eleição para presidência da Câmara ocorrida em 2021. "Não tem conversa com esse cidadão. É um desqualificado", reafirmou Marinho sobre o convidado, que revidou: "Vem o babaca aqui dizer esses negócios para mim?".

"Valeu, chorão! Chora por político...", respondeu o humorista. Neste momento, Abduch se levantou e foi em direção ao rival, que estava sentado no lado oposto do estúdio. Os dois se estranharam e partiram para a troca de socos e pontapés. Diversos membros da produção, além de Daniel Zukerman e Samy Dana, integrantes da bancada, buscaram separar os brigões.

Surita solicitou a ida para o intervalo, pedindo "break" cinco vezes. Cinco minutos depois, o programa retornou para um encerramento, enquadrando apenas o comandante do Pânico, que lamentou a briga: "Eu peço desculpas à nossa audiência. Os ânimos se acirraram aqui".


"Você sabe que a democracia é ruidosa e, às vezes, a gente perde o controle da situação. Mas está tudo bem. Posso garantir a vocês que está tudo certo, cada um está do seu lado. Depois, evidentemente, vamos conversar com todo mundo fora do ar, fora do calor da discussão", continuou.

Por fim, Emílio encerrou: "Eu fico triste de uma discussão que a gente quer levar bacana ir para o lado pessoal. Não era o nosso objetivo, mas você sabe como funciona, principalmente nesse momento agora que a gente está vivendo quente, de política".

Segundo fontes do Notícias da TV, a briga não foi armada, e o clima acirrado entre André Marinho e Tomé Abduch já vinha de outras participações, um dos motivos pelos quais ambos sentaram-se longe um do outro na disposição das cadeiras no Pânico desta terça (11).


A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da rádio acerca do fato. "A direção da Jovem Pan lamenta o ocorrido e informa que tomou as providências necessárias a respeito do episódio", informou a emissora em nota.


Não é a primeira vez que o programa acaba em porrada. Em novembro de 2019, Augusto Nunes, da rádio Jovem Pan, participou do Pânico durante entrevista com Glenn Greenwald, do site The Intercept. Após ser chamado de "covarde", Nunes se levantou e trocou tapas com o convidado.


Confira a íntegra da discussão entre André Marinho e Tomé Abduch no vídeo abaixo, a partir de 1h49m03s:




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